Depressão na Adolescência: Como Procurar Ajuda Profissional?

Postado em: 19/05/2025

A Depressão na Adolescência não deve ser subestimada ou confundida com “frescura” ou “rebeldia”. 

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Depressão na Adolescência: Como Procurar Ajuda Profissional? 2

Trata-se de uma condição de saúde mental séria, que pode comprometer o bem-estar e o desenvolvimento integral do adolescente. 

Saber identificar os sinais e buscar ajuda pode fazer toda a diferença. Por isso, preparamos o conteúdo a seguir com algumas considerações fundamentais sobre o assunto. Convidamos você a continuar a leitura para conferir!

Sinais comuns que indicam depressão na adolescência

Os sintomas da depressão variam de pessoa para pessoa, mas existem alguns sinais que devem ser observados com cuidado. 

ADepressão na  Adolescência pode não se manifestar apenas como tristeza. 

Muitas vezes, ela se expressa por meio de irritabilidade, isolamento e mudanças de comportamento. Fique atento a sinais como, por exemplo:

  • Desânimo constante ou sensação de vazio.
  • Falta de interesse por atividades antes prazerosas: é comum que a pessoa mude de interesses na adolescência, mas se ela não estiver demonstrando interesse por nada em específico, ou parecer mais apática de modo geral, é um sinal de alerta.
  • Alterações no sono (insônia ou sono excessivo).
  • Mudanças no apetite ou no peso.
  • Irritabilidade, agressividade ou crises de choro.
  • Baixa autoestima, sentimentos de culpa ou inutilidade.
  • Dificuldade de concentração e queda no rendimento escolar.
  • Evitação de contatos sociais e isolamento: é comum que o adolescente crie um maior distanciamento dos pais em comparação com sua infância, assim como é comum que ele mude de amigos. Mas se o isolamento é excessivo ou o jovem não parece estar fazendo vínculos sociais, também é um sinal de alerta.
  • Falas sobre morte, autolesão ou ideação suicida.

Sintomas como esses indicam sofrimento psíquico. O apoio é fundamental nesse momento, especialmente para acolher o adolescente sem julgamentos.

Quando e como procurar ajuda profissional?

Nem sempre é fácil para os pais ou responsáveis saber quando é o momento certo de procurar ajuda. 

Muitas vezes, os sintomas podem parecer parte “normal” da adolescência, o que atrasa o início do tratamento. 

No entanto, quanto mais cedo a intervenção, melhores os resultados e menor o risco de agravamento.

Os caminhos para buscar apoio incluem:

  • Conversar com o pediatra ou médico de confiança da família, que pode orientar o encaminhamento para psicoterapia ou avaliação psiquiátrica.
  • Procurar um psicólogo clínica, com experiência no atendimento de adolescentes, para iniciar um acompanhamento psicológico contínuo.
  • Observar relatos e orientações da escola, como professores e coordenadores pedagógicos, que muitas vezes percebem mudanças no comportamento antes mesmo da família.

Conversando com o adolescente

O ideal é manter uma escuta acolhedora e não julgar a pessoa. Evite falas, olhares ou expressões que possam parecer de “ condenação”.

Deixe o jovem confortável e à vontade para falar.

Ele não deve ter medo de ser punido e não se deve menosprezar o que ele diz ou sente. Evite expressões como “ quando for adulto você vai perceber que isso não era nada” ou “isso é bobagem”. 

Sobre a busca por ajuda, explique que isso não significa fraqueza, mas sim cuidado com sua saúde emocional.

Outra recomendação é que você nunca ignore ou menospreze falas sobre morte ou “ querer nunca ter nascido”. 

A conversa com o adolescente sobre esses assuntos não deve pressioná-lo ou intimidá-lo, mas demonstrar que você está presente e gostaria de saber mais sobre como ele se sente.

Quais profissionais podem ser indicados no tratamento da depressão na adolescência?

O tratamento da depressão costuma envolver uma abordagem multidisciplinar, e a escolha do profissional vai depender das necessidades de cada situação.

São profissionais que podem ajudar:

  • Psicólogo(a): realiza a psicoterapia, que é o tratamento de primeira escolha na maioria dos casos. O psicólogo ajuda o adolescente a compreender seus sentimentos, a lidar com situações difíceis e a desenvolver recursos emocionais.
  • Psiquiatra: é o médico responsável por avaliar se há necessidade de prescrição de medicamentos. Ele atua principalmente nos quadros moderados a graves ou quando há risco à integridade física do paciente. A busca por um psiquiatra também pode ser indicada pelo psicólogo.
  • Contatos de emergência: é interessante que o adolescente saiba que existem contatos de emergência que pode utilizar, por exemplo, em momentos de pensamentos muito negativos ou mesmo pensamentos sobre morte. O Centro de Valorização à Vida (CVV), por exemplo, permite conversas tanto por telefone quanto por chat. Além disso, muitos pronto-socorros oferecem também atendimento emergencial.

Em muitos casos, psicoterapia e psiquiatria atuam juntas, com um plano de tratamento integrado. 

Além disso, o envolvimento dos pais ou cuidadores também é importante, tanto para apoiar a continuidade do tratamento quanto para melhorar o ambiente emocional em casa.

Para além dessas abordagens, outras práticas podem complementar o cuidado diante da depressão na adolescência, como a arte ou o esporte. O interessante é que isso seja inserido sem forçar o jovem, com calma e de acordo com as particularidades de cada situação.

Qual o papel da família e da escola no apoio ao adolescente?

Famílias que mantêm uma comunicação aberta, livre de críticas excessivas, e que demonstram apoio emocional, tendem a favorecer o processo terapêutico.

Da mesma forma, a escola pode ser um espaço importante de acolhimento. 

Professores e orientadores pedagógicos podem ser incluídos, quando possível, no plano de cuidados, principalmente para ajustar cobranças acadêmicas e apoiar o adolescente em sala de aula.

A depressão na adolescência é um tema que pede cuidado, mas é possível ter ajuda e transformar essa situação.

Para mais informações sobre o trabalho da nossa clínica ou para agendar uma consulta, entre em contato!

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