Como o Vício em Jogos Afeta a Saúde Mental dos Adolescentes?

Postado em: 17/03/2025

Os videogames fazem parte da rotina de muitos adolescentes e, quando utilizados com moderação, podem proporcionar momentos de diversão, aprendizado e até desenvolvimento de habilidades cognitivas.

Como o Vício em Jogos Afeta a Saúde Mental dos Adolescentes? 2

No entanto, quando o uso se torna excessivo e interfere na vida social, acadêmica e emocional do jovem, pode se configurar como um Vício em Jogos.

O vício em jogos eletrônicos, também conhecido como transtorno do jogo eletrônico, já foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um distúrbio mental.

Essa dependência pode estar associada a uma série de impactos negativos na saúde mental dos adolescentes, podendo afetar sua autoestima, relações interpessoais e desempenho escolar. Continue sua leitura para saber mais sobre o assunto!

Os impactos do vício em jogos na saúde mental dos adolescentes

O uso excessivo de jogos eletrônicos pode levar a uma série de consequências psicológicas e emocionais, comprometendo o bem-estar do adolescente.

Os impactos possíveis mais comuns do “Vício em Jogos” incluem:

Isolamento social: adolescentes viciados em jogos tendem a evitar interações presenciais, reduzindo o contato com amigos e familiares.
Ansiedade e irritabilidade: a necessidade constante de jogar pode gerar ansiedade quando o acesso ao jogo é restringido, além de aumentar a irritabilidade e a impaciência.
Depressão: estudos sugerem que o vício em jogos pode estar associado a sintomas depressivos, especialmente quando o adolescente se sente incapaz de controlar seu tempo de jogo.
Baixa autoestima: a dependência pode levar a uma sensação de fracasso quando o jovem percebe que perdeu oportunidades acadêmicas ou sociais devido ao tempo excessivo dedicado aos jogos.
Alteração nos padrões de sono: muitos adolescentes passam madrugadas jogando, prejudicando seu descanso e comprometendo sua concentração e energia durante o dia.

A intensidade desses impactos pode variar, mas, em casos mais graves, a dependência pode comprometer significativamente o desenvolvimento do adolescente e sua qualidade de vida.

Sintomas comuns do vício em jogos

O vício em jogos eletrônicos pode ser identificado por diferentes comportamentos e sintomas. Alguns dos sinais mais comuns incluem:

Dificuldade em controlar o tempo de jogo, mesmo quando há consequências negativas.
Negligência de atividades essenciais, como escola, higiene pessoal e alimentação.
Mentir sobre o tempo gasto jogando ou esconder o uso excessivo.
Falta de interesse por atividades que antes eram prazerosas, como esportes ou encontros com amigos.
Reações emocionais intensas quando não consegue jogar, como irritação extrema ou crises de ansiedade.

Se um ou mais desses sinais persistirem por meses e começarem a afetar outras áreas da vida do adolescente, é fundamental buscar ajuda profissional.

Sintomas menos conhecidos do vício em jogos

Existem também sintomas menos conhecidos que podem indicar um problema com o uso excessivo de jogos. Entre eles estão:

Sensação de recompensa apenas no ambiente virtual: o adolescente pode perder o interesse por conquistas no mundo real e se sentir motivado apenas pelos desafios dos jogos.
Mudanças no humor após jogar: alguns adolescentes apresentam piora no humor após longos períodos de jogo, sentindo frustração, raiva ou tristeza.
Redução da empatia: jogos excessivos podem diminuir a capacidade de se colocar no lugar do outro, afetando a inteligência emocional.
Fuga de problemas da vida real: para muitos adolescentes, os jogos se tornam um refúgio para evitar lidar com problemas emocionais, acadêmicos ou familiares.
Sensação de vazio quando não está jogando: o adolescente pode se sentir entediado ou sem propósito quando não está imerso no ambiente virtual.

Esses sinais podem passar despercebidos, mas podem indicar uma relação problemática com os jogos.

Como lidar com o vício em jogos?

O vício em jogos pode ser tratado com estratégias específicas, que podem variar de acordo com cada caso.

Algumas abordagens incluem:

Estabelecer limites claros: definir horários específicos para o uso de jogos ajuda a evitar o excesso e promove um maior controle do tempo.
Incentivar outras atividades: estimular esportes, leitura e interações sociais presenciais pode reduzir a dependência dos jogos.
Monitorar o conteúdo dos jogos: alguns jogos podem ser mais viciantes que outros, especialmente aqueles baseados em recompensas constantes.
Criar um ambiente equilibrado: os pais devem incentivar hábitos saudáveis e oferecer alternativas para o lazer além dos jogos eletrônicos.
Buscar ajuda profissional: psicólogos e terapeutas especializados podem ajudar a tratar a dependência e os problemas emocionais associados. A ajuda desses profissionais é muito importante.

Vamos conversar?

Quando bem administrado, o tempo de jogo pode ser uma atividade divertida e educativa, sem comprometer o bem-estar mental do adolescente e sem o vício em jogos.

Se você suspeita desse problema ou quer dicas personalizadas para preveni-lo, não deixe de marcar um horário com um de nossos profissionais!

Diga! Psicologia

Clínica de Psicologia de Múltiplas Abordagens

Rua Alfredo Pujol 285 Conjunto 84Santana, São Paulo/SP 02017-010

(11)2391-9172